Em 2001 assinámos a escritura pública que criava a APECEF.
Era o culminar de uma história de encontros de amizade que tinha despertado o desejo de uma obra comum. Era sobretudo o início de uma aventura.
De onde vinha aquele grupo que nesse dia se encontrava no cartório do notário?
A história de uma amizade que culminou na responsabilidade educativa não é fácil de contar; e recordar todos os que de alguma maneira foram decisivos é um privilégio exclusivo de Deus.
Amigos encontrados ao longo dos meus vinte anos de Sacerdócio, e amigos de amigos,
que embatíamos juntos no entusiasmo despertado pela experiência educativa de Comunhão e Libertação.
Havia sobretudo muita confiança: confiança talvez ingénua nas nossas capacidades; confiança uns nos outros; sobretudo confiança em Deus.
A história que então começava foi um desenrolar de improbabilidades, coincidências e oportunidades que é difícil designar por outra palavra que não seja a palavra milagre. Muitas vezes ao longo destes vinte anos, tudo pareceu suspenso de uma solução impossível
(solução técnica, financeira, política, administrativa, pessoal); mas foi sempre possível.
A confiança nas nossas capacidades foi redimensionada pelos erros cometidos.
Mas a confiança uns nos outros cresceu pelo espetáculo da mudança, do crescimento
e da conversão dos companheiros de caminho. E a confiança em Deus cresce todos os dias na gratidão pela obra, que é recebida das suas mãos e não construída pelas nossas.
São Tomás nos continue a guiar neste caminho.
Padre João Seabra (Presidente da APECEF)