Naquilo que considero importante, o meu dia do pai foi repleto. E não ia sendo.
A manhã começou normalmente, com música e todos à mesa a tomar o pequeno almoço, mas já se sentia um abrandamento na azáfama matinal diária, pois às sextas o dia começa mais devagar.
Saímos cedo de casa, ouvimos os pássaros e tivemos um trajeto calmo até à escola, onde chegámos pelas 8h30. Nesse momento já me sentia pressionado por um compromisso profissional às 9h00 e fui informado que havia a missa de S. José na escola, que reuniria pais e filhos, compromisso pessoal que tinha esquecido.
Funcionalmente, considerei o compromisso profissional inadiável e disse aos meus filhos que não poderia assistir à missa com eles. Consequentemente, as sombras da tristeza na cara dos meus filhos invadiram a minha manhã soalheira e acompanharam-me no caminho de volta à casa-escritório.
Foram estas sombra que me fizeram parar para que os olhos se habituassem à escuridão. Esta pausa proporcionou a oportunidade de refletir sobre se o que considerei inadiável não seria apenas inércia. E era. Afinal o sol estava para lá das sombras apenas à distância de um telefonema, e assim voltei para partilhar a missa de S. José com os meus filhos.
Até agora, foi a melhor manhã do ano. O dia continuou soalheiro e acabou em festa confinada. Obrigado meus queridos.
Nuno Pinho da Silva (pai de aluno do 2.º ano)
Dia do Pai em Sete Rios:
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