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Foto do escritorColégio de S. Tomás

Partir de um interesse e ir mais além

No confinamento, o Tomás Fonseca, a Diana Santos e eu escrevemos uma peça de teatro sobre Fernando pessoa, que estudámos este ano em aula, porque nos começámos a interessar pelo homem que ele foi, com as perguntas que ele tinha diante da realidade. Foi uma maneira de tornarmos a matéria algo nosso, que não era só para decorar, tinha realmente haver com a nossa vida.


Depois de escrito, propusemos ao nosso ano encená-lo. Juntou-se um grupo e foi engraçado ver como cada um trazia o seu olhar, que muitas vezes não correspondia ao meu.



Mas não foi algo negativo, a peça tornou-se ainda melhor quando eu deixei de a ver como uma coisa nossa (dos três que a escrevemos), mas como algo de todos aqueles que se juntaram. Entregar este trabalho foi a melhor maneira de viver isto, foi o que o tornou tão bem sucedido e tão bom para mim e todos os que fizeram parte disto.


O teatro foi para além do que imaginámos inicialmente, ganhou uma qualidade que não esperávamos e foi mais do que um teatro: foi ocasião de autodescoberta, nesta fase da nossa vida em que nos perguntamos sobre quem somos e quem queremos ser e foi ocasião para aprofundarmos a nossa amizade.


Leonor Abranches Pinto (12.º ano)


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