top of page

Blog

Foto do escritorColégio de S. Tomás

O Concurso das Grandes Personalidades é algo indispensável à vida do Colégio de S. Tomás e de cada um dos seus alunos. Não é só um evento escolar. O concurso é, em si, um conjunto de várias experiências e aprendizagens a que os professores querem que nós tenhamos acesso, ainda que facultativamente, de modo a desenvolverem-nos em certos conhecimentos e valores. Estes "conhecimentos e valores" são algo que nós, os alunos, tentamos encontrar nos exemplos que outros nos deixaram. O Concurso das Grandes Personalidades desafia-nos a apresentar um exemplo que se destaque na nossa memória como, de facto, uma grande personalidade.


Ao longo da minha vida, tive a sorte de me deparar com vários casos que, para mim, eram um exemplo a seguir. Logo, quando me foi dada a oportunidade de pensar num desses exemplos e de dizer porque o considerava como tal, resolvi candidatar-me juntamente com um nome muito importante para mim - Franz Jägerstätter.


Tive várias razões para me atrever a defendê-lo como a melhor personalidade do concurso. A história de Jägerstätter já me era familiar, por ser tão fascinante. Porém, o mais fascinante foi descobrir que poucas pessoas, comigo incluído, a conheciam. Realmente, a sua vida foi uma "vida escondida", levando a que o exemplo que nos deixou não fosse sequer conhecido. Para cada história há alguém para a contar. E foi o que fiz.



A campanha foi, na minha opinião, a etapa mais difícil de todo o concurso. Jägerstätter era, já em si, uma personalidade muito pouco divulgada e conhecida. A agravar a situação tínhamos o facto de haverem muitas estreias este ano. Havia personalidades já familiares às paredes do colégio, repetidas anos antes, o que não as tornava menos admiráveis. As suas vidas já eram conhecidas, e embora não parecesse, isso era uma enorme vantagem.


Na campanha, nós, os defensores das personalidades estreantes, tínhamos de apresentar uma história completamente nova ao concurso e às pessoas, enquanto nos preocupávamos também com a parte mais estética e apelativa da campanha. Eu sabia que a minha personalidade iria enfrentar as maiores dificuldades na fase da campanha - era um estreante, a sua vida era muito pouco conhecida, só havia eu para tratar da campanha, pois não fazia parte de um grupo, e o seu nome era uma lenga-lenga.


Lembro-me de trabalhar uma manhã inteira a pintar um cartaz enorme para pôr por cima do gabinete da Reitora e dos restantes professores, e ainda de ficar ali uma boa meia-hora a tentar prender aquele pedaço de papel gigante com um fio, tendo como única ajuda meia-dúzia de miúdas do 1º Ciclo curiosíssimas acerca do que estava a fazer, partilhando comigo os últimos mexericos do recreio, e posso garantir que nunca me apanharão a querer trocar um único minuto dos que trabalhosamente aí passei.


Pelos vistos, os meus esforços não foram em vão, porque consegui passar à final. A etapa final foi um debate, com jornalistas a sério e personalidades a sério. Após uma manhã a preparar argumentos e a estudar os nossos apontamentos, que tivemos o cuidado de não partilhar uns com os outros, dirigimo-nos ao centro da pala, onde já havia um palco montado. Tratei logo de combinar com os restantes concorrentes e de reservar o meu lugar, mesmo ao lado de um dos lugares dos jornalistas. Entre os mesmos podia-se ver uma televisão destinada à transmissão da imagem de um dos concorrentes, que se encontrava em casa, de quarentena. Contudo, tal não condicionou o debate de qualquer maneira, que rapidamente começou.


O debate foi a fase de que mais gostei. Foi uma experiência inesquecível, e eu não trocaria por nada. Acredito que todos os concorrentes já estavam satisfeitos só por chegarem a debate. O objetivo primário era dar a conhecer a personalidade, partilhar o seu exemplo. Todas as personalidades em debate eram agora conhecidas, incluindo Jägerstätter e a sua vida, que não era mais escondida.


Consegui alcançar aquilo que queria com o Concurso das Grandes Personalidades - agora, sempre que se ouvir falar daquele agricultor que deu a sua vida por Cristo, as pessoas vão conhecê-lo, as crianças berrarão o seu nome a plenos pulmões toda a gente se vai lembrar do exemplo que Franz Jägerstätter deu ao mundo. E por isso, e por todos os outros exemplos que os alunos, funcionários e professores do Colégio de S. Tomás conhecem e conhecerão por causa de um concurso, não lhe podia estar mais agradecido.

Miguel Picoito (8.º A - Vencedor do Concurso de Grandes Personalidades 2021)

Foto do escritorColégio de S. Tomás

Esta era uma oportunidade boa demais para ser desperdiçada e eu estava decidido a agarrá-la. Ia, portanto, competir. Depois de formar a equipa – queria agradecer ao Gonçalo por me ter ido procurar assim que soube desta novidade – era preciso escolher uma personagem que tivesse vivido numa hora sombria e aí tivesse sido uma luz por entre as trevas, mas também que nos cativasse de uma forma que nenhuma das outras conseguisse fazer.


Não foi nada fácil, devo dizer. Procurámos e procurámos, mas nenhuma das personalidades que encontrámos tinha todas as qualidades que procurávamos. Por fim, foi o meu pai quem me deu a ideia de fazermos sobre o Soldado Milhões. Comuniquei esta ideia ao grupo e decidimos que era com esta personagem que iríamos seguir para a frente.


Mostrámos a biografia que fizemos sobre o Soldado Milhões ao professor Bernardo e depois tivemos a nossa entrevista com o professor, que nos explicou o que deveríamos fazer para melhorar a biografia, mostrando-nos o que faltava e vendo o entusiasmo que mostrávamos ao dar a conhecer a nossa personagem.


«O que vos falta aqui é esse “fogo” que me mostraram agora, têm de arranjar forma de darem a entender por palavras como me explicaram aqui a razão desta ser uma personalidade digna de participar neste concurso». E assim fizemos.


Nas semanas que se seguiram fomos conhecendo melhor a personagem, escrevendo e aperfeiçoando as biografias, mas o conselho que nos dera o professor ficou em todos os momentos em que, por algum motivo, expusemos com orgulho a nossa personagem, com especial efeito na campanha, onde nos focámos em transmitir este fogo que nos garantiu tantos votos.


Os dias que antecederam a campanha não deixaram espaço para a ansiedade devido ao bom tempo que passei a fazer cartazes, panfletos e tantas outras coisas, mas a alegria que senti não foi nada comparado com a que senti na campanha. A campanha estes dois dias foram simplesmente espetaculares, desde pôr cartazes em todo o lado, a não só a falar a todas as turmas do colégio como a falar nos recreios incansavelmente a qualquer grupo, mais velhos ou mais novos, todos ouviram a nossa mensagem incansável: «Vota Soldado Milhões!»


Apostámos especialmente no contacto directo com as pessoas, falar com elas e dedicar-lhes o nosso tempo são coisas que nenhum cartaz pode fazer com tanto impacto. Tínhamos também noção de que toda a gente votava e que ia haver cartazes por toda a parte, de modo, a que as pessoas nem soubessem para onde se virar, decidimos então fazer uma impressão em massa de panfletos e umas espetaculares notas americanas com a cara do soldado Milhões (ideia do Gonçalo).


Participei no debate por zoom. Adorei: ter de preparar argumentos e poder pô-los à prova, foi das experiências que mais gostei em todo o concurso. Independentemente disso sei que o Miguel Picoito ganhou com toda a justiça e mérito.


Independentemente do resultado, estes dias foram para mim de uma imensa alegria e espero sinceramente voltar a para o ano com outra personalidade.


Manuel Sequeira Mendes (7.º B - Finalista do Concurso Grandes Personalidades)

Foto do escritorColégio de S. Tomás

Atualizado: 25 de jan. de 2021

Dirigido pela Maestrina Erica Mandillo e acompanhado pelo pianista João Lucena e Vale, o Coro Juvenil da Universidade de Lisboa atuou no Colégio de S. Tomás em Janeiro de 2021. Este coro faz um trabalho baseado numa maneira diferente de viver e experienciar a música, em que a expressão teatral e o movimento e se juntam à voz como uma forma de expressão.


Sendo eu um membro do coro e aluno do Colégio de S. Tomás, sempre desejei poder trazer o coro ao colégio, para poder mostrar o nosso trabalho e encorajar os meus colegas a ouvirem outros estilos de música e formas de expressão artística.


Neste concerto partilhámos música de diferentes cantos do mundo, desde música contemporânea a ópera e música africana, mas tudo com esta componente de teatralidade que tanto caracteriza o Coro Juvenil da Universidade de Lisboa.


Foi realmente especial poder começar o ano a fazer um concerto para o Liceu do Colégio de S. Tomás. Queria agradecer ao colégio por nos ter oferecido esta oportunidade e pelos comentários e apreciações que o coro e eu recebemos.


Este é um projecto no qual participo há 8 anos, e mais do que um coro, é um sítio que me faz crescer e aprender a criar algo belo e cheio de verdade. Tal como o S. Tomás, que me educa na razão, beleza e verdade, o CIUL faz-me continuar a procurar esta beleza através da música e arte, e foi bastante comovente poder partilhar ambos os mundos que me fazem crescer, o CIUL e o Colégio de S. Tomás, ao mesmo tempo e num momento tão especial.


Gonçalo Coelho (aluno do 11.º ano)



Mais São Tomás
bottom of page