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António Arruda

A expressão "dar e receber" define na perfeição o acolhimento que proporcionámos ao 5.º ano. Dar, retendo parte daquilo que se deu; receber, reconhecendo o valor daquilo que nos é dado. Enfim, partilhar! O acolhimento é uma partilha entre professores e alunos (e entre alunos e alunos…). Passado tanto tempo, foi uma enorme alegria voltar a partilhar ao vivo, em pessoa, olhos nos olhos! Partilhámos brincadeiras e ideias, alegria e entusiasmo. Crescemos juntos.

O acolhimento marca o início de uma relação conjunta (… e de várias individuais!). Na Assembleia que realizámos no parque da Quinta das Conchas, junto à fonte que tanto ruído fazia, foi possível ouvir e compreender, nas palavras do Padre Duarte Andrade e Sousa, o apelo à unidade, que sempre foi e será decisiva para nós. Não há ruído nenhum, interno ou externo, que nos possa distrair.


Terminámos o nosso dia cantando em uníssono - experimentado a harmonia de que o Padre Duarte nos falou - e ouvindo histórias, contadas pelo professor Bernardo Valle de Castro, acerca dos primeiros cristãos, confirmando que, naquilo que realmente importa, somos como eles.

Que bom que foi!



Foto do escritorColégio de S. Tomás

Não podíamos começar o ano sem ir a Fátima consagrar as nossas famílias e professores à graça e proteção de Nossa Senhora.


Nesta peregrinação, em que cada família se organizou para ir e alguns poucos foram a pé desde Caxarias, depositamos as nossas esperanças para que este ano - especial - seja ocasião de crescimento e consolidação da fé.


Agradecemos a todas as famílias que nos conseguiram acompanhar!


Foto do escritorEduardo Guerra

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Olá a todos, o que acabam de ouvir corresponde à frase “Bom dia” dita em código morse.

E porquê?

Porque fazemos hoje exatamente seis meses desde que fomos para casa e mudámos as nossas rotinas. Porque os nossos dias e a forma como comunicamos também mudaram — como que da noite para o dia. Porque foram vários meses de comunicação digital, telefónica, vídeo, fotográfica. Enfim, comunicámos de tantas formas diferentes. Incrível, já viram?


Por isso pareceu-me interessante continuar esta pesquisa e trazer-vos hoje mais uma nova forma de comunicar.


O meu nome é Eduardo Guerra, sou artista, sou professor de artes e faço parte deste colégio que também é o vosso, o Colégio de São Tomás. E, porque fui desafiado pelo nosso vice-reitor, o Bruno Silva, a dar o meu testemunho, aqui estou. Deixem-me tentar dizer-vos quem sou.


Nasci em 1986, três anos antes da queda do muro de Berlim, nasci numa casa com pai e mãe e uma irmã mais nova. Muito próximo da minha avó materna, a Gabi, e com férias constantes na Serra da Estrela, que aprendi a chamar de minha.


Estudei música até me decidir a estudar artes plásticas e fiz o secundário na escola António Arroio, fui para a faculdade de Belas Artes e depois estudei Filosofia. Hoje sou casado com a Luisa, tenho bons amigos e muita vontade de descobrir o mundo com eles.


Porque é que decidi ser professor?

Nem imaginam a quantidade de vezes que pensei em respostas inteligentes e credíveis para esta pergunta e, na verdade, volto sempre ao mesmo ponto de partida: sabem, é que quem tem bons professores corre sempre o risco de ser chamado a retribuir e, acho que é por essa razão que aqui estou há seis anos. Por causa das pessoas que me ajudaram a ser quem eu sou hoje e que me pedem que tente fazer o mesmo com os próximos, vocês.


E porquê o Colégio de São Tomás?


Cheguei aqui sem saber bem como, pela companhia do meu amigo Bernardo Simões Correia que me apresentou a tantos outros que aqui estão e a quem hoje gosto de chamar de amigos, também.


Neste Colégio aprendi a trabalhar, aprendi a conhecer pessoas diferentes, aprendi a cuidar e, aprendo, todos os dias, um pouco mais sobre mim. E é esta a razão porque aqui continuo e quero continuar a estar.


Talvez o que vos digo não seja nada de especial, mas o que verdadeiramente vos quero transmitir é que preciso de estar convosco e preciso de vocês na minha vida.


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Ouvimos agora a tradução corresponde à frase “Levanta-te e anda” dita em código morse, a nossa frase do ano.


Haveremos sempre de querer comunicar uns com os outros, porque precisamos uns dos outros. E havemos sempre de inventar formas novas de comunicar. Mas nada substitui aquilo que é melhor — o podermos estar juntos, ao mesmo tempo e no mesmo espaço. O olharmo-nos e vermo-nos, ouvirmos e sermos ouvidos, sentir e sermos sentidos.


Como se costuma dizer, comunicarmos a viva voz. E por isso, obrigado. Obrigado por estarem todos aqui hoje.


11 de Setembro de 2020

(discurso do Professor Eduardo Guerra, professor de Artes do colégio, na Sessão Solene do 1º dia de aulas)


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